A história da Quinta do Braamcamp

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A história da Quinta do Braamcamp

Quinta Braamcamp surge no Barreiro na sequência de um movimento europeu, cultural e social, de vilegiatura e de refúgio no campo, importado das “villas” italianas da renascença, evoluindo para modelos franceses e ingleses, que entre nós se adaptam a um estilo próprio que denominamos de Quintas de Recreio, construídas entre os séculos XIV e XIX, e que ocupam as margens que envolvem o Estuário do Tejo desde a Barra até ao seu limite montante em Salvaterra de Magos e Muge.

Geraldo Venceslau Braamcamp foi o primeiro proprietário da quinta situada no Mexilhoeiro, no Barreiro. A quinta do Braamcamp tornou-se em vida do seu proprietário uma importante granja de criação de bichos-da-seda, produção destinada à indústria têxtil.

1819- Surge, um outro moinho de vento, desaparecido entretanto, o moinho do Barão do Sobral, na Quinta do Braamcamp. O engenho constituiu uma novidade, tanto ao nível da sua tecnologia de produção como da sua arquitectura. Tratava-se de um moinho de vento «que não tem semelhante neste reino, e que talvez não haja nas outras nações.

A instalação do caminho-de-ferro no Barreiro em 1859 e o fácil escoamento de mercadorias por via marítima para Lisboa, proporcionaram o aparecimento da indústria corticeira no concelho do Barreiro.

A história do fabrico de cortiça na Quinta Braamcamp iniciou-se em 1882 quando os irmãos Reynolds arrendaram a Quinta Braamcamp de George Abraham Wheelhouse e sua mulher”.

 “Em Março de 1883 Tomás Reynolds já vivia na Quinta Braamcamp e nesta data já era transformada cortiça na fábrica instalada na quinta. A maquinaria importada da Grã-Bretanha (da Baerlein e c.º em Manchester.

A 4 de Novembro 2015,  A Câmara Municipal do Barreiro aprovou, unanimidade no dia 4 de novembro, em reunião privada, a compra da Quinta do Braamcamp. Permitindo a abertura de 21 à de frente de rio a fruição da comunidade – Representando a disponibilização pública de um espaço do qual não existe memória coletiva de fruição; Retirando-o do mercado imobiliário e afirmando um discurso e uma estratégia de fruição pública, generalizada, duma zona privilegiada do concelho.

É actualmente  propriedade  CMB depois de ter sido comprada ao Millenium BCP, após processo de insolvência da Sociedade Nacional de Cortiças. Conserva ainda a antiga casa solarenga (século XIX), instalações agrícolas e um moinho de maré.

Quinta do Braamcamp

2017- 6 de Julho A CM do Barreiro a aprova a decisão final do procedimento de classificação como SIM do Sítio de Alburrica e do Mexilhoeiro e seu Património Moageiro, Ambiental e Paisagístico.

A Quinta Braamcamp é o único complexo rural em plena cidade do Barreiro, cuja atividade cessou recentemente. Era composto inicialmente por casa de habitação, armazéns, moinho de vento e de maré e terras de cultivo.

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